Os projectos de exploração de recursos naturais estão a contribuir para desigualdades sociais e de tratamento entre os membros da comunidade na província de Cabo Delgado nos últimos anos. A conclusão é do Instituto de Desenvolvimento Económico e Social (IDES) que levou a cabo um estudo nessa província mais a norte de Moçambique.
Intitulado “O Papel do Governo e da Indústria Extrativa no Desenvolvimento de Cabo Delgado”, as conclusões do estudo, segundo o director-executivo da organização da sociedade civil, Fidel Tereciano, são claras e as comunidades de onde são explorados os recursos ressentem-se de vários problemas por conta da instalação desses projectos.
“Aumentou a bandidagem, aumentou a criminalidade, aumentou a desrespeito na comunidade, aumentou os altos índices de confrontação social”, enfatizou Fidel Tereciano, citando o mesmo relatório, acrescentando que são problemas sobre os quais as autoridades governamentais ao nível da província de Cabo Delgado estão a par.
Citado pela RFI, o secretário de Estado, Antonio Supeia, recorda, por sua vez, que os recursos são esgotáveis e por isso a sua exploração deve ser regrada. Daí que “as nossas instituições de pesquisa são chamadas a produzir conhecimento sobre como garantir uma exploração da indústria extractiva sustentável e que se reflicta na qualidade de vida das nossas populações e no respeito pelos direitos humanos”.
Os resultados do estudo, que visou sobretudo os distritos de Balama, Ancuabe e Pemba, foram apresentados na cidade de Pemba a capital da província de Cabo Delgado.
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